>Editado por Raffer Miranda em Março 6, 2010 – 10:26 am
O Texto a seguir foi reproduzido na sua integra, e pode ser encontrado no site acima indicado.
Bonita, inteligente e corajosa. Assim é Ana Angélica Martins Marques, 25 anos, mineira, atriz e jornalista. Ela já passou pelo teatro, rádio e TV. Escreve contos e aumenta pontos com sua personalidade forte e destemida. Não se contenta com pouco e justamente por isso se viu arriscar por uma maior exposição no reality show mais famoso do país em busca de novas oportunidades. Na décima edição do Big Brother Brasil, Ana Angélica – a Morango, como ficou conhecida – mesmo eliminada após 43 dias confinada na casa, conseguiu dar seu recado. Depois de uma semana fora do programa, já em Uberlândia, cidade natal da jornalista, conversou com o nosso Opas e Obas! e colore o “Bate Pá, Poom!” de hoje.
Ana, Angélica, Ana Angélica ou Morango?
Prefiro te chamar como sempre te chamei, de Ana mesmo. Mas confesso que na hora de procurar um presente pra te dar, a “Morango” falou mais alto. Tem até chocolate com
morangos!
É presente de aniversário, que marca não só mais um ano de vida, mas especialmente uma nova vida! E você sabe que não é de agora que o Opas e Obas! aposta em você, né?
Há pouco mais de 2 anos, quando te conheci, você terminava a faculdade e já tinha um portfólio de dar inveja a muitos veteranos… Você me parece ter sido uma menina muito precoce. É isso mesmo?
Depois do Big Brother certamente vai trabalhar muito mais! Muitos convites e propostas de trabalho? Algo já encaminhado?
Desde que sai da casa conto tudo como compromisso. No primeiro dia (terça-feira, 23/02/10) não consegui dormir pra você ter ideia. Só na Globo foram muitas reuniões para me orientar com relação ao auxílio jurídico que tenho direito, o auxílio de assessoria de comunicação… e tem os convites que podem ou não serem aceitos, como o Paparazzo, o Faustão… Essas participações não são obrigatórias. Fora as muitas entrevistas para jornais e quase todas as revistas do país. Em Uberlândia já atendi a imprensa, fãs e fiz dois ensaios fotográficos para revistas locais. Em Belo Horizonte também já tenho trabalho marcado. Aliás, o primeiro remunerado depois da casa.
Você comentou que não é obrigada a fazer o Paparazzo, nem a participar de programas como o do Faustão… Há o que você seja obrigada a fazer?
Com relação ao contrato existem restrições. Estou vinculada à Globo por 6 meses, com exclusividade. Não posso vincular minha imagem a outras emissoras, mas nos deixam bem à vontade para conversar com blogs, fique tranquilo (risos).
E o que você mesma se restringe? Qual o limite da sua exibição, contando que de cara você se assumiu homossexual para todo Brasil?
Assim que soube que iria para o Big Brother, assumi comigo mesma que respeitaria a curiosidade dos outros com relação a mim. Não vejo problema algum falar sobre mim. Mas a partir do momento que a curiosidade se extender aos meus relacionamentos pessoais, seja namorada, família, amigos… aí vou preservar. Esse é o limite da exposição.
Inclui sua mãe, mesmo com as aparições dela no SuperPop e na Sônia Abrão?
O prefixo “ana”, em grego, remete-nos a uma ideia de negação. Já Angélica, anjo. Ana Angélica: “não anjo”. Já pensou nisso? Conseguiríamos juntos encontrar alguma relação do seu perfil com o seu nome e a sua saída do programa, considerando que você saiu por, de certa forma, ter sido rejeitada?
Com relação a minha saída do programa, em momento algum pensei na rejeição. Todas as coisas que faço, seja dentro ou fora da casa, é sempre de forma muito consciente. Não me arrependo de nada. Respeito a forma que as pessoas me interpretaram na casa. É o direito de cada um. Nunca esperei 100% da aprovação de ninguém. Ainda mais agora, com a saída da Cacau e com a opinião das pessoas do jeito que está em relação ao Dourado, aí que me sinto mais feliz e mais segura do que fiz mesmo, pois não consigo entender quais os critérios do público para eleger o ganhador do programa.
Se por um lado existem as pessoas que não se identificaram contigo, há os que gostaram. Você foi bastante elogiada por muitos formadores de opinião, especialmente no Twitter, onde aliás você já tem muitos seguidores. Fica surpresa quando falam bem de você?
Ana, quando você pediu para sair da TV Paranaíba (afiliada TV Record) aqui em Uberlândia, onde você era repórter e apresentadora, saiu já pensando no Boninho?
Jamais! Eu sai porque tinha o emprego fixo na TV Paranaíba e também trabalhava de freelancer numa produtora de video. Por conta da crise, as empresas começaram a cortar investimentos em comunicação e metade da minha renda saía da produtora. Só como jornalista não conseguia me manter. Foi um baque muito grande e precisei procurar novas opções de trabalho. Espalhei meu currículo para os 4 cantos do Brasil. Devo ter mandado uns 200 currículos e se tive 5 respostas foi muito! Nesse tempo consegui dois trabalhos, um para o Ministério da Cultura e outro para o site “É Seu”. Aí surgiu o Big Brother como uma oportunidade.
Oportunidade ou sonho?
Seria então por isso que você não se apresentava tão afoita para ganhar o prêmio de 1 milhão e meio?
Eu tenho objetivos muito claros, mas não me planejo ao ponto de estabelecer metas e meios para conseguir alcançá-los. Sempre me esforcei muito, sempre gostei de trabalhar. No BBB eu me esforcei nas provas de resistência e onde cabia o esforço. Porém há coisas que valem muito mais que 1 milhão e meio. 1 milhão e meio dentro da casa, porque aqui fora posso chegar muito perto disso! Lógico que gostaria sim de ser a ganhadora, mas de forma digna, sem violar os meus valores e com orgulho. Jamais queria conquistar o prêmio pisando nas pessoas, sendo falsa ou mentirosa.
Tem aquela velha história de que ex-marido e ex-mulher é pra sempre. E ex-BBB? É pra sempre?
A sua opção sexual foi um critério decisivo para você ingressar no programa?
Você pretende com isso levantar a bandeira do movimento gay?
Acho desnecessário. Conversava muito com o Dimmy sobre isso. Só o fato de nós 3 lá na casa – eu, o Dimmy e o Serginho – termos dado a cara pra bater e mostrado pro Brasil que somos pessoas normais, com sentimentos e valores, acredito que naturalmente já conseguimos avançar um pouco no combate ao preconceito.
Você pretende ter a figura de um gestor ou um empresário para te ajudar a direcionar sua carreira e vida pública?
Já pensou no tipo de trabalho que jamais faria?
Ensaio nu na Playboy você já disse que faria… Aceitaria qualquer close?
Como foi voltar pra casa? Quando pisou em Uberlândia pela primeira vez depois de ter deixado o BBB sentiu algo especial?
Pensei que de repente pudesse ter tido o sentimento de Uberlândia ter ficado pequena pra você. Não?
Não. Eu não sai com a ideia de alçar voos em busca de muito dinheiro e fama. Eu queria o básico do básico para garantir uma boa qualidade de vida. Aqui em Uberlândia não estava conseguindo. Se quando ainda trabalhava aqui estivesse ganhando um pouquinho mais, se eu tivesse mantendo o que ganhava nos dois empregos que me dava uma média de R$1.800,00 por mês, com certeza não teria me inscrito no BBB. Minha vida estava ótima, morava sozinha, pagava as prestações do meu carro, tudo estava bonitinho. Precisei de perder um dos trabalhos para sair da zona de conforto e me mexer. Mas acredito também um pouquinho no destino.
O destino não vai te deixar preparada para o que vem por aí, hein! Daqui pra frente você terá que se mexer ainda mais. Falando nisso, tá malhando mais?
Sei que a imagem é importante e me preocupo com meu corpo, mas não sou de malhar. Malhei bastante na academia do BBB, emagreci porque também comia pouco… Mas nunca fui fanática por academia, nem esporte.
E apresentava um programa de esporte sem gostar de esporte?
Suas fotos no Paparazzo mostram então que a compensação tem sido muito bem feita! Ou o photoshop foi bem generoso?
Ana, conte-me alguns detalhes técnicos da casa do BBB. Mesmo no pay per view, que tive acesso, há tranquilamente a possibilidade das imagens serem manipuladas com cortes, que são o suficiente para maquear alguma situação. Pode me falar algo sobre?
Há imagens que realmente não não são mostradas. Por exemplo, as cenas de banheiro. Também não são mostradas as cenas quando alguém recorre ao confessionário para reclamar ou pedir algo como remédio, ajuda do psicólogo ou qualquer outro tipo de necessidade.
Você chegou a entrar no confessionário várias vezes e, de alguma forma, estabeleceu contato com a produção?
Já que comentou sobre sua manchinha de sol, muita gente aqui fora brincou com isso, ficou sabendo?
Anteriormente você comentou das cenas de banheiro. Ser vigiada no banheiro é a situação mais delicada ao ser vigiada 24h por dia?
E não tem medo dessas imagens cairem na rede?
Sua expressão é muito forte. Sua voz é muito firme. Você é uma pessoa forte. Da onde você busca energia? Você é religiosa?
Não, não sou religiosa. Não tenho religião, embora já tenha frequentado centro espírita, Igreja Católica, Igreja Evangélica e até templo budista. Mas nunca achei que eu precisasse ir fisicamente a algum lugar para encontrar e sentir Deus em mim. Sou muito espiritualizada. Não tem como não acreditarmos numa força maior.
Acho que a entrevista já tá beeem grande. Tenho ainda muitas perguntas, mas precisamos terminar aqui para depois continuarmos conversando em off pra você me contar o que não posso falar…rs Vamos tentar concluir?
Dinheiro é bom para…
Um sonho…
Ana, quero te dizer que você se representa muito bem. Parabéns pelo seu desempenho e sucesso!
Fonte: Opaseobas http://opaseobas.com.br/opas/?p=2855
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